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Antiga fazenda da firma Gomes & Irmão, Lda. em Belas, a sul de Luanda, que fornecia carnes à cidade.
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Retomada de Nabuangongo pelo exército português, 9 de Agosto de 1961
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A Colónia de Angola
Desafios e oportunidades:
Angola como colónia - Portugal potência colonial e país subdesenvolvido. Pacto colonial, protecção à indústria metropolitana, estratégia monetária da Zona do Escudo, e protecção à imigração portuguesa. Exíguo investimento português, níveis baixos de tecnologia e empreendorismo.
Métodos de exploração e produção antiquados - comércio, agricultura, pescas, e industrias transformadoras. Dependência económica da exportação de café, diamantes, e (mais tarde) petróleo.
Banco de Angola como banco misto (propriedade privada e pública) e falta
de accesso ao crédito. Sistema bancário incipiente. Rápida expansão da
banca privada (Banco Comercial de Angola, 1957, Caixa Económica Postal,
Banco de Crédito Comercial e Industrial, Banco de Fomento Nacional,
Banco Totta Standard, Banco Pinto e Soto Maior, Instituto de Crédito de
Angola). Ausência de mercados de capitais capazes de atraír poupança doméstica.
Inclusão da produção nativa na economia angolana - mercados rurais, regime de propriedade da terra, e problema de mão de obra rural.
Problema das transferências - Défices na balança comercial e na balança de pagamentos, sobrefacturação das importações
Custos da guerra: interrupção de circuitos comerciais e pressões inflacionistas
Abertura da economia angolana ao investimento estrangeiro - petróleo de Cabinda e ferro em Cassinga e porto mineraleiro de Moçamedes. Fim do regime de monopólio para a exploração de diamantes pela Diamang.
De Colónia a Província Ultramarina
Os 15 Anos entre 1961 e 197
Corrupção - A chaga da "Cunha" e do "mata-bicho"
18. Anos de Guerra
A
narrativa que aqui ofereço é baseada na experiência pessoal da minha
juventude e compreende o período enter os meados da década de 1950 e a
independência de Angola em 1975. Um período em que Angola era ainda uma
colónia portuguesa. Em termos de estatuto legal, Angola foi uma colónia
até 1951, província de 1951 a 1970, e depois passou a ser designada como
estado, até à independência.
Inserida que estava no complexo colonial
português, Angola continuava de facto a ser uma colónia de exploração.
Todas as decisões mais importantes eram tomadas em Lisboa e a base do
poder assentava no cargo de governador geral que era escolhido pelo
ministro do Ultramar do governo português, e não eleito pelos residentes
em Angola.
Por norma, o cargo de governador geral era confiado a um
oficial superior do exército português, sendo como muito poucas excepções um civil.
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Quartel General da Região Militar de Angola do Exército Português, 1960s
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19. Administração Central
O Estado Nov
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Primeiro-Ministro do governo português durante o período do Estado Novo entre 1932 e 1968, António de Oliveira Salazar (1889-1968)
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Constituição 1933, revisão de 1951
Organização do governo Central
Assembleia Nacional
Governo
Câmara Corporativa
Primeiro Ministro
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Primeiro-Ministro Português (1968-1974) Prof. Dr. Marcello Alves Caetano (1906-1980)
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Ministro do Ultramar (1958-1961) Almirante Vasco Lopes Alves (1898-1976), e Governador-Geral de Angola (1943-1947)
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Contra-Almirante Vasco Lopes Alves (1898-1976), Governador -Geral de Angola (1943-1947), e Ministro do Ultramar (1958-1961)
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Ministro do Ultramar Sarmento Rodrigues
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Ministro do Ultramar (1950-1958) Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979)
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Ministro do Ultramar Adriano Moreira
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Ministro do Ultramar do governo português (1961-63) Adriano Alves Moreira (1924-2024)
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Ministro do Ultramar Joaquim Silva Cunha
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Joaquim Silva Cunha (1920-2014), Ministro do Ultramar do governo português (1965-1973)
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Presidente da República Óscar Cramona
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Marechal Óscar Fragoso Carmona (1869-1961), Presidente da República Portuguesa entre 1926 e 1951
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Presidente da República Craveiro Lopes
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Marechal Francisco Higino Craveiro Lopes (1894-1964), Presidente da República Portuguesa entre 1951 e 1958
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Presidente da República
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Almirante Américo Tomás (1894-1987), Presidente da República Portuguesa (1958-1974)
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20. Administração Colonial
Acto Colonial 1930
Estatuto do Indigenato, 1954
Estatuto Político e Administrativo do Estado de Angola
Ministro do Ultramar
Governador Geral
Assembleia Legislativa
Conselho de Governo
Conselho Económico e Social
Secretário Geral
Secretários Provinciais
Economia
Planeamento e Finanças
Educação
Saúde
Obras Públicas e Habitação
Comunicações
Trabalho, Previdência, e Acção Social
Fomento Rural
Universidade de Luanda
Serviços e Repartições do Estado
Tribunais e organização judicial
Organização Militar
Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas
Exército, Marinha, e Força Aérea
Serviços de Administração Civil
Governadores de Distrito
Municípios
Concelhos e circunscrições de concelho
Postos
Bairros e Freguesias
Organização Fiscal
Fazenda e Contabilidade
Alfândega
Organização Financeira
Banco de Angola
Inspecção de Créditos e Seguros
Instituto de Crédito de Angola
Caixa Económica Postal
Planos de Fomento
Organização religiosa
Autoridades tradicionais e direito tradicional
O
governador geral era nomeado pelo governo de Lisboa e era responsável
pela administreação geral da província, embora não fosse o chefe militar
supremo na província, que por sua vez era nomeado pelo ministro da
defesa nacional. Os indigitados para o cargo de governador-geral e
governador de distrito eram por norma (com algumas excepções)
militares de carreiraportugueses. O governador geral era coajuvado na
gestão do seu
contencioso pelo secretário geral e por oito secretários provinciais
(Educação, Saúde, Economia, Planeamento, Obras Públicas, Comunicações,
Trabalho (+ Previdência e Acção Social), e Fomento Rural).
Cada
secretário provincial era nomeado pelo ministro do Ultramar sob
escolha indiciada pelo governador geral, e responsável pela operação das
muitas direcções dos serviços provinciais organizados em grupos. Cabia
ainda ao governador geral nomear os governadores de distrito e
supervisionar o seu trabalho.
O
governador geral era ainda ajudado por um conselho de governo (mais
tarde Conselho Económico e Social) e por um Conselho Legislativo,
composto por alguns membros eleitos indirectamente e a maioria designados pelo governonador geral. Cabia ao Conselho Legislativa apreciar as propostas de
diplomas legislativos antes de serem promulgados pelo governador geral.
Governadores Notáveis
Comissário Régio para Angola Henrique Mitchell Paiva Cabral Couceiro
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Comissário Régio para Angola, Coronel Henrique Mitchell Paiva Cabral Couceiro (1861-1944), que governou entre 1907 e 1909
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Alto Comissário Norton de Mattos
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Governador-Geral (1912-1915) e mais tarde Alto-Comissário (1921-1923) para Angola, General José Maria Mendes Ribeiro Norton de Mattos(1867-1955) |
Alto Comissário para Angola Engenheiro António Vicente Ferreira (1926-1928)
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Alto Comissãrio para Angola (1926-1928) Coronel António Vicente Ferreira (1874-1953)
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Durante o período entre 1951 e 1975, Angola teve os seguintes governadores gerais:
Comandante Álvaro Freitas Morna
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Comandante Álvaro Freitas Morna (1885-1961), Governador-Geral de Angola, de 1942 a 1943
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- Comandante Vasco Lopes Alves, Governador-Geral de Angola, de 1943 a 1947
- Capitão Agapito da Silva Carvalho (entre 1951 e 1955)
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Governador-Geral Capitão José Agapito da Silva Carvalho (1951-1955)
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- Secretário Geral Manuel Mascarenhas Galvão, como governador geral interino (1955 - 1956)
- Coronel Horácio Sá Viana Rebelo (1956 - 1960)
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Governador-Geral (1956-1959) Coronel Horácio José de Sá Viana Rebelo (1910-1985)
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- Dr. Álvaro da Silva Tavares (entre Janeiro de 1960 e Junho de 1961)
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Governador-Geral de Angola (1960-1961) Dr. Álvaro Silva Tavares (1915-?)
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- General Venâncio Deslandes (entre Junho de 1961 e Setembro de 1962)
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Governador -Geral de Angola, General da Aeronáutica Venâncio Deslandes (
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- Tenente-Coronel Silvino Silvério Marques (entreSetembro de 1962 e Outubro de 1966)
- Tenente-Coronel Camilo Augusto Miranda Rebocho Vaz (entre Outubro de 1966 a Outubro de 1972)
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Governador-Geral Coronel Camilo Augusto de Miranda Rebocho Vaz (1920-1998) governou entre Outubro de 1966 e Outubro de 1972
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- Engº. Fernando Santos e Castro (governou entre Outubro de 1972 e Maio de 1974)
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O Governador-Geral (1970-1974) Engenheiro Fernando Augusto de Santos e Castro (1922-83)
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Depois da revolução de 25 de Abril em Portugal, o título passou a chamar-se Alto Commissário:
- Brigadeiro Joaquim Franco Pinheiro (entre Maio a Junho de 1974)
- General Silvino Silvério Marques - segundo mandato (entre Junho e Julho de 1974)
- Almirante António Rosa Coutinho (entre Julho de 1974 e Janeiro de 1975)
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Almirante Rosa Coutinho (xx-xx), Alto-Commissário de Angola (Julho de 1974 a Janeiro de 1975)
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- General António da Silva Cardoso (entre Janeiro e Agosto de 1975)
- General Ernesto Ferreira de Macedo, (durante Agosto de 1975)
- Almirante Leonel Gomes Cardoso (entre Agosto e 11 de Novembro de 1975)
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Almirante Leonel Gomes Cardoso (1919-1988), último Alto Commissário Português para Angola (Julho a Novembro 1975), discursando momentos antes da partida definitiva das forças portuguesas de Angola, e não entregando o poder a qualquer dos movimentos de libertação.
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Em
1974, Angola estava organizada em quinze distritos:
Cabinda (capital em
Cabinda),
Zaire (capital em São Salvador do Congo),
Uíge (capital em
Carmona),
Luanda (capital em Luanda),
Cuanza-Norte (capital em Salazar),
Cuanza-Sul (capital
em Novo Redondo),
Malange (capital em Malange),
Lunda (capital em
Henrique de Carvalho),
Benguela (capital em Benguela),
Huambo (capital em
Nova Lisboa),
Bié (capital em Silva Porto,
Moxico (capital no Luso),
Huíla (capital em Sá da Bandeira),
Moçâmedes (capital em Moçâmedes),
Cunene (capital em Pereira d'Éça), e
Cuando-Cubango (capital em Serpa
Pinto).
Os
presidentes e vogais dos municípios não eram eleitos pelos residentes
dos municípios mas sim apontados pelo governo colonial.
Durante
os anos de grande crescimento económico e social, os principais
secretários provinciais (melhor dizendo a equipa governativa) foram:
- Secretário Geral - Dr. Governo Montez (mais tarde Tenente-coronel Koch-Fritz)
- Secretário provincial de Educação - Dr. José Pinheiro da Silva (mais tarde Dr. Scott Hayworth)
- Secretário Provincial de Economia - Dr. Eduardo da Costa Oliveira
- Secretário provincial da Saúde - Dr. Cardoso de Albuqueque (mais tarde Dr. Fernando Sousa Pereira)
- Secretário Provincial de Planeamento e Finanças - Dr. Walter Marques
- Secretário Provincial de Comunicações - Tenente-coronel Carloto e Castro
- Secretário Provincial das Obras Públicas - Engº. Júlio Mestre
- Secretário Provincial de Trabalho, Previdência e Acção Social - Dr. Teixeira Marques
- Secretário Provincila do Fomento Rural - Dr. Vasco Sousa Dias
A
responsabilidade de banco emissor assentava no Banco de Angola, que era
um banco privado/misto que também oferecia crédito ao governo,
municípios, e às empresas e consumidores. As duas maiores companhias
privadas em Angola eram a Diamang, que tinha a concessão da exploração
de diamantes para a maior parte do território de Angola em regime de
monopólio, e os Caminhos de Ferro de Benguela (CFB), que tinha a
concessão da exploração da linha de caminho de ferro entre o porto do
Lobito e Dilolo (Teixeira de Sousa), onde ligava com os comboios do Katanga.
20. Organização Militar
Em
termos de administração militar, o chefe supremo era o comandante chefe
das forças armadas, por norma um oficial general português, apontado pelo
ministro da defesa de Portugal, que operava em colégio com o comandante-
chefe do exército, da marinha, e da força aérea. As forças militares
portuguesas em Angola estavam organizadas em regiões militares.
Exército
Marinha
Força Aérea
Organização Provincial de Voluntários e Defesa Civil
Organizações militares da PIDE DGS - Flechas e XXXX
A organização militar dos movimentos de libertação
FNLA
MPLA
UNITA
Como
elemento central da minha formação como pessoa, devo relembrar aqui o
facto de que eu cresci numa colónia em tempo de guerra.
Entre 1961 e 1975, em todo o lado e todos os dias se viam soldados e
viaturas militares, se ouviam ou liam os comunicados de guerra, se
sentia a repressão da polícia, se sentiam os efeitos da censura na
imprensa e nas artes, se temia a acção da temível polícia política
PIDE/DGS. Assim, lembro-me que foi ainda nos liceus Paulo Dias de Novais
e Salvador Correia e na Universidade de Luanda que tomei conhecimento
do desaparecimento inexplicado de alguns colegas angolanos africanos de
cor,
dos quais nunca viemos a apurar se tinham sido presos pela PIDE e
mandados para a prisão ou para os campos de concentração de São Nicolau
(cadeia do Bentiaba em Moçamedes) ou do Tarrafal (em Cabo Verde), ou se
tinham deixado Luanda para se juntarem aos
movimentos de libertação que activamente recrutavam membros nas escolas,
liceus e
universidade em Luanda.
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Treino de Militantes das FAPLA, 1968 |
21. Organização Religiosa
Igreja Católica
Igrejas Protestantes
Religões tradicionais
Credos Sincréticos
Evolução histórica
Conferência Episcopal de Angola e São Tomé
Arquidioceses, Dioceses, e Paróquias
Ordens
Missões
Seminários
22. Progresso Económico e Social
Devo
ainda lembrar aqui que eu cresci num período (1961-75) em que a
economia de Angola
deu um salto muito grande. Em apenas quinze anos, Angola passou de uma
colónia atrazada para uma das economias mais prósperas e dinâmicas em
África. A descoberta de petróleo em Cabinda e exploração de ferro mais
racional das minas de Cassinga (Jamba), ao mesmo tempo que a Diamang
aumentava a exploração de diamantes na Lunda, e a consequente abertura
ao investimento estrangeiro, rápida
industrialização, oportunidade ampliade de emprego, melhoria das
condições de vida para a grande maioria, rápida escolarização, novas
escolas,
hospitais, estradas asfaltadas ligando (quase) todos os cantos eram
evidência dessa nova era de prosperidade.
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Funeral de soldado português morto em combate no norte de Angola, 1963
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Contudo, certos problemas
estruturais continuavam a esperar por melhores dias, como a integração
dos africanos na economia, dependência do café, diamantes, e petróleo,
dependência das importações, inequidade na distribuição do rendimento,
questão das transferência cambiais, o problema da terra e a mão-de-obra agrícola, o custo da
guerra, a questão racial, e a corrupção continuavam a ser desafios não
resolvidos.
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O grande dinamizador da economia angolana, Dr. Jorge Eduardo da Costa Oliveira (1933-2016), Secretário Provincial de Economia
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O
milagre económico de Angola que ocorreu entre 1961 e 1975 foi obra de todos, pois viviam-se tempos em
que tudo (e todos) viam o futuro como próspero. Contudo, entre muitos
outros, foi o duo Dr. Costa Oliveira (1933-20016) e Dr. Walter Marques (1936-2009),
ambos
economistas e secretários provinciais, que planearam a estratégia
de desenvolvimento econonómico que gerou essa prosperidade. A obra em dois volumes do Dr. Walter Marques "Problemas do Desenvolvimento Económico de Angola" publicada pela Junta de Desenvolvimento Industrial em 1964 e 1965 é tida como o primeiro esforço organizado em inventariar os recursos e oportunidades e gizar uma estratégia baseada em polos de desenvolvimento regional para todo o território de Angola. Por outro lado, o legado do Dr. José Eduardo da Costa Oliveira foi mais como gestor/técnico da aparelhagem administrativa do estado em facilitar e liderar o processo de desenvolvimento económico acelerado de Angola entre 1962 e 1974.
Cabe ainda referir aqui a
extraordinária obra do Dr. José Pinheiro da Silva , natural de Cabinda, que liderou a Secretaria Provincial de Educação nos anos mais críticos
da rápida escolarização, e que veio abrir o futuro para milhões de
angolanos. O Tenente-Coronel Engenheiro Carloto de Castro,
secretário provincial das Comunicações e Obras Públicas também
desenvolveu uma acção muito relevante com a expansão da rede de
estradas asfaltadas que nos princípios da década de 1970 já ligava a
grande maioria das capitais de distrito.
Sistema Financeiro
Política Monetária e Controle Financeiro
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Nota de 500 Angolares emitida pelo Banco de Angola em 1927
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Inspecção Geral de Créditos e Seguros
Problema das transferências - Decreto lei 471-71
Bancos
Banco de Angola - Banco emissor, banco do estado, e banco comercial
Banco Comercial de Angola
Banco de Crédito Comercial e Industrial
Banco Totta Standard
Banco Pinto e Sotto Maior
Banco de Fomento Nacional
Instituto de Crédito de Angola
Caixa de Crédito Agro-Pecuário
Caixa Económica Postal
Crédito à Habitação
Cooperativa "O Lar do Namibe"
Cooperativa "A Nossa Casa"
Companhias de Seguros
Nacional de Angola
Tranquilidade
Guarantia África
Fidelidade Atlântica
Companhia de Seguros Angolana
Planos de Fomento
Sectores Económicos
Agricultura e Pecuária
Indústrias Extractivas
Indústrias Transformadoras
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O empresário Manoel Vinhas (1920-1976)
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Transportes e Comunicações
Construção
Banca, Moeda, Crédito, e Seguros
Comércio Interno
Comércio Externo
Turismo
Contas do Governo
Demografia
Clima
Regiões Naturais
Regiões Económicas
Luanda
Cabinda
Planalto do Congo e Malange
Seles e Amboím
Lunda
Planalto do Central - Huambo e Bié
Planalto da Huíla
Baixa Tropical - Moxico e Cuando Cubango
Bacia do Cunene
Orla Costeira
Deserto de Moçâmedes
Sistemas de Produção
Camponês / Tradicional
Pequeno Produtor
Produtor Médio
Produtor Empresarial
Companhias Majestáticas
Diamang
Cotonang
Caminhos de Ferro de Benguela
Companhia do Assúcar de Angola
Companhia do Cassequel
Companhia de Cabinda
SONEFE
Hidro-Eléctrica do Alto Catumbela
Estrutura Produtiva
Sector Tradicional
Agricultura
Madeiras
Pescas
Pecuária
Indústrias Extractivas
Comércio
Serviços
Turismo
Energia
Electricidade
Petróleos
Transportes
Terrestres colectivos
Caminhos de Ferro
Transportes Aéreos - domésticos e internacionais
Navegação e Cabotagem
Comunicações
Importação / Exportação
Banca, Finanças, e Seguros
Preços e Inflação
Razões de Troca
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